Entre censuras e falácias sem nenhum sentido
o colorido da cidade me distrai
escapulo
reflito sobre a origem de minhas forças
- como fui capaz de superar tantos desafios
e continuar a postos para a nova provação?
certas lembranças visitam meu argumento
enquanto caço insano a explicação apaziguadora
duvido de mim mesmo
na sequência
algo não faz sentido
sinto-me à margem da humanidade
aguardo o tempo que preciso para novas considerações
no momento oportuno
penso até o completo esgotamento
depois aceito a ideia de que minhas forças
todas elas
são provenientes do amor
crio a imagem do amor que recebo
amalgamado ao amor que sinto
aceito a ideia de que ser amado fortalece
e que a sensação por si só
possibilita arbitrariamente certo grau de onipotência
mas aponto ainda em tempo
que mesmo amado por todos os seres do planeta
faltaria algo para romper com eficácia o vacilo certo
aceito a ideia com a importante ressalva
destacando que somente amar
somente o ato de amar
- aquele que eu não explico e você entende -
é o que ampara no fim das contas
sinal fechado
caminho livre
escapulo colocando o pensamento em segurança
diante da necessidade de atravessar a rua
venço mais esse pequeno obstáculo brilhantemente
resistindo à nova fagulha de incerteza
salvo por nós dois.
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