embarrigou e caiu na sarjeta
compreendeu que não há quem se meta
ou advogue por um corpo incasto
sumiu no mundo e não deixou rasto
levando pouco não mais que uma cheta
a roupa suja a sua pele preta
o seu bebê e um martírio vasto
mas eis que chega enfim o dia santo
num beco escuro nasce o seu menino
e o aconchego fez-se com o quebranto
como se fora um sinal divino
pra acreditar que foi um tanto quanto
abençoado todo o seu destino.
..........
Nota do autor:
Prezado leitor, este soneto é o primeiro de uma série de sonetos de minha autoria intitulada de 'O Deus que habita em nós', a qual ainda está sendo concluída. De toda forma, aproveito o clima natalino para publicar o primeiro soneto/episódio que narra o nascimento de uma vida nova (o que pra mim é um símbolo importante do natal) e já deixar uma prévia do que está sendo preparado para um futuro próximo.
No mais, desejo a você e a todos um felicidades e um final de ano mágico.
Aquele abraço.
Paulo Vitor F. da Cruz.
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